quinta-feira, 18 de junho de 2009

Nouvelle Vague na prática

Hoje, pela manhã, fizemos as gravações do curta Melancolia Urbana, baseado na nouvelle vague.Tudo correu muito bem. Tivemos a sorte de conseguir gravar na casa do Gustavo, namorado da nossa roteirista Caroline. Lá, encontramos a sala e a mesa perfeitos para as gravações, mas, acredito que o resto do grupo concorda, não posso deixar de falar dos queridíssimos pais do Gustavo que nos receberam com muito carinho, com direito a pregos novos na parede para colocar um quadro legal para o cenário, e a um lanchinho com pão de queijo e outras coisinhas gostosas depois das gravações.

Apesar de pequenas dificuldades com algumas falas, eu e Bruno Manenti (companheiro de sala e integrante da produtora Super 8) conseguimos interpretar sem precisar gravar muitas vezes, ao contrário do que aconteceu no remake de Volver.

Com a câmera na mão, quem fez a coisa acontecer foi o Marcos, que se estressou levemente com o zoom. Andrizy, nossa diretora, comandou a galera e me deu uma mãozinha com certas
entonações nas falas. Samantha, Barbara e Marina ajudaram na produção e com idéias de enquadramento para resolver pequenos problemas que encontramos.
Já Caroline, além de produzir, foi encarregada, como sempre, de tirar as fotos dos bastidores da gravação que estão colorindo esse post pra dar a vocês uma palhinha do que vem por aí. Amanda estava doente hoje, mas nos deu uma super ajuda buscando a câmera. Cláudia teve que viajar de última hora e, infelizmente, não esteve presente nas gravações para contribuir com as boas idéias que sempre tem.

O grupo todo, como sempre, se esforçou muito para que obtivéssemos o melhor resultado possível. Agora falta aguardar a edição.

por Liz Khury

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ei-lo

Eis que apareço aqui para postar o nosso mais querido trabalho até então: o remake do Filme Volver.
Depois de noites frias regadas à tias chatas, de azulejos frios regados a molho de tomate+mel e de gotas d'água no olho da protagonista, finalmente terminoas, postamos no YouTube e aqui deixamos o material finalizado.
Parabéns a todos do grupo.
Confiram:



Por Marcos Vinicius

sábado, 13 de junho de 2009

Return...

Após um longo período de ausência do blog, confesso que já estava com saudades, volto hoje para mostrar a vocês o novo curta da Pixar, dirigido pelo Peter Sohn.

A história é de uma nuvem chamada Gus que passa os dias moldando animaizinhos para que uma cegonha os entregue na Terra. As duas constroem uma relação de amizade, sujeita as dificuldades de sempre.


A animação estava prevista para chegar só em setembro em terras brasileiras, mas ela já está rolando na internet. Vale a pena conferir...

Partly Cloud


Partly Cloud


Ps.: Muito obrigada pelo post Andrizy... E realmente ultimamente são tantos trabalhos que infelizmente o blog é que tem que ser deixado de lado..

Por Caroline do Prado

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O famoso sussurro de Bob Harris

A graduada em filosofia, Charlotte (Scarlett Johansson) não se adapta ao fuso horário de Tóquio e conseqüentemente não consegue dormir. O decadente ator Bob Harris (Bill Murray) vive uma situação parecida. Charlotte está em Tóquio acompanhando o marido, um fotógrafo workaholic. Harris para ganhar uma boa grana cedendo sua imagem para um comercial de whisky. O marido de Charlotte não lhe dá muita atenção, ela sente falta de alguém para ouvi-la e está profundamente solitária. Harris sente-se entediado, passa horas no bar do hotel e está insatisfeito com seu casamento. Ambos são americanos e se encontram no mesmo hotel em Tóquio. Estando no mesmo tempo e espaço juntos e buscando um conforto, a identificação entre os dois é imediata. Aos poucos eles vão se aproximando e, mais do que amigos, tornam-se cúmplices. Bob e Charlotte passam a compartilhar o tempo de sobra que têm e a monotonia vai desaparecendo. São dias e noites em que eles apenas andam pela cidade, jantam juntos ou ficam em seus quartos, falando sobre suas vidas ou simplesmente jogando conversa fora.

Como diz o nosso amigo Oliver lá da agência Tomada 1: Encontros e Desencontros não tem nada, mas é um grande filme. Esse "não tem nada" pode ser traduzido como ausência de algum elemento efetivamente especial ou surpreendente. A narrativa é convencional e a trama se desenrola de maneira muito simples. Não há nenhum artifício, trucagem, ou elaborados movimentos de câmera. E é aí que reside seu encanto. Na mais pura simplicidade, no genuíno relacionamento dos protagonistas, na naturalidade com que as coisas ocorrem, bem como nos contrastes apresentados pelo cenário onde a ação se desenvolve.

O Japão é quase um personagem na história. O filme não seria a mesma coisa se filmado em qualquer outra megalópole que não fosse Tóquio. E não seria a mesma coisa sem as presenças inspiradas de Bill Murray e Scarlet Johansson, ambos convincentes como pessoas aborrecidas com suas vidas e escolhas e procurando por algo a mais que nem eles mesmos sabem o que é. O tédio e a frustração dão-se muito pela incapacidade de adaptação das duas personagens, mas também devido ao vazio em que se encontram. Tóquio, sendo o centro de contrastes que é, cai muito bem como pano de fundo dessa história. Com sua fidelidade às tradições milenares, mantendo sempre vivo o seu passado, mas ao mesmo tempo apresentando-se tão futurista, com todas as inovações tecnológicas, como se estivesse anos a frente de outras capitais. E a relação de Bob e Charlotte é de amizade e cumplicidade, mas ao mesmo tempo uma história de amor. Encontros e Desencontros revela-se levemente cômico e sutilmente dramático. Assim, simples como uma conversa sem sentido que flui naturalmente entre dois amigos e complexo como o amor, principalmente quando surge de uma forma inusitada. É alegre como uma noite num karaokê e triste como uma despedida.

Adendo 1: A trilha sonora é realmente uma das mais bonitas que eu já ouvi. Destaque para Jesus & Mary Chain com Just Like Honey na famosa e crucial cena final.

Adendo 2: Há diversas teorias sobre o que Bob Harris sussurra no ouvido de Charlotte no final do filme. Alguns dizem que é : "I love you, and everything you did. Go back there and tell him to try, OK?", outros: "I'll always remember the past few days with you. Don't part mad... Tell him the truth. Okay?" e ainda tem os que dizem que é: "When John is waiting on the next business trip... go up to that man, and tell him the truth. Okay?". Mas, sinceramente não importa, afinal o encanto da cena está no fato de que o sussurro é um segredo inaudível para terceiros.


Por Andrizy

sábado, 6 de junho de 2009

Atualizando...

O que acontece quando Caroline do Prado decide voltar a sua atenção para os trabalhos de Opinião Pública, Administração Mercadológica, às confecções dos textos da revista que seu grupo está produzindo, ao núcleo de audiovisual do qual participa e, obviamente, se esforçando para não deixar sua vida pessoal de lado? Simples: esse blog fica sem atualizações (risos).

Pois é, a integrante mais ativa do inquadrofilmes.blogspot.com tem andado ocupada com outros afazeres e por isso deu um tempo do nosso espaço na web, mas logo logo ela volta =D

Bem, cá estou passando não só para anunciar que nas próximas semanas estaremos aqui apresentando nossos comentários sobre filmes, como também uma primeira pesquisa acerca da nouvelle vague.

O mês de maio foi bastante produtivo, o que se pode perceber pelo número de postagens nesse blog durante o mês (foram 21, o maior número em três meses de blog). Foram sessões de filmes do Almodóvar, um estudo sobre o diretor, análise do filme escolhido, reprodução da cena e, paralelamente ao nosso mergulho na obra almodovariana, resenhas de alguns filmes vistos durante o mês). Foi cansativo, mas extremamente prazeroso. Apesar dos altos e baixos, erros e acertos, estamos orgulhosos do que produzimos até então.

Logo estarão disponíveis no blog a reprodução da cena de Volver e o nosso primeiro exercício de câmera, esse ano: O Que? Com uma proposta de roteiro meio maluca que partiu do professor Irídio...

E que venha a Nouvelle Vague...

Andrizy