sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sexto Capítulo...

Mês passado chegou às telas de todo o mundo, a adaptação do sexto livro da franquia de J. K. Rowling: “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”. Para muitos, essa estréia não gerou nenhum furor, e esse filme não passa de uma história de um bruxinho tosco lutando contra o mal. Mas para os fãs, é a chance após dois anos intermináveis (não, isso não é exagero) de conferir na telona as aventuras do seu bruxinho preferido.

Desta vez, Dumbledore começa a preparar Harry para o confronto final que está cada vez mais perto. Para isso eles começam uma viagem através do passado de Voldemort, para descobrir meios de destruí-lo. Para ajudar a desvendar esse mistério o diretor da escola contrata Horácio Slughorn, antigo professor de poções da época em que Voldemort estudava em Hogwarts. Slughorn, que guarda um grande segredo, é a chave para Harry e Dumbledore destruírem o Senhor das Trevas. Em meio a essas descobertas, um clima de romance aflora entre os adolescentes bruxos. Somos apresentados as suas indagações, esperanças e fracassos que as paixões proporcionam nessa fase da vida. Enquanto isso fora dos muros da escola, o mundo dos bruxos e dos trouxas é aterrorizado por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.

Sem dúvida nenhuma Enigma do Príncipe é o filme mais sombrio da série. As cenas são escuras, os ambientes do castelo de Hogwarts são frios e a excitação de antes dá lugar a reflexão. É claro que muita coisa do livro de 510 páginas na versão em português ficou de fora, como por exemplo, a batalha que acontece em Hogwarts no final do livro. No filme tudo se resume há poucos minutos sem muita ação, porém triste do mesmo jeito. As cenas de humor ficam por conta da nova namorada de Ronny, Lilá Brown, que com seu jeitinho meigo e irritante não desgruda um só minuto do seu Fom-fom. Harry também nos proporciona momentos de risada, como na cena em que a aranha Aragogue de Hagrid morre. E finalmente o empolgante quadribol está volta após dois filmes, com Ronny jogando como goleiro e garantindo a taça para a Grifinória.

Às duas horas e meia de filme surpreenderam aqueles que esperavam mais uma adaptação ruim dos livros de HP. Contudo, dessa vez o diretor David Yates e o roteirista Steve Kloves construíram uma narrativa concisa e o mais fiel possível ao livro. Não há explicações para aqueles que não conhecem a saga, como era feito em outros filmes. Mesmo assim é possível perceber o rumo da história que está chegando ao fim.

É claro que nem tudo é perfeito. De fato, a cena em que deveria ser o clímax do filme não o é. A cena ficou fria, sem emoção. Se ao ler o livro é possível chorar o mesmo não acontece quando visto na telona. Talvez esse seja o ponto fraco do longa. Outra cena que poderia ter um capricho maior é a em que Harry e Malfoy lutam no banheiro, o feitiço lançado por Harry não tem a mesma intensidade que tem no livro. Mas, não deixa de ser fiel. Outro ponto que é deixado lado é o fato que dá nome ao livro e ao filme. No longa esse segredo deixado de lado, como uma situação secundária. Resolvida no final, mas ainda sim sem importância.

Enfim, apesar de não ter um final, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, agrada e muito. Arrisco-me a dizer, mesmo com os erros cometidos, que é o filme mais fiel até agora. Ele mantém o clima sombrio e de medo que há nos dois mundos, fortalece as relações de amizade, e já dá dicas de como será desfecho da saga e o que poderemos esperar dos próximos filmes.

Por Caroline do Prado

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