segunda-feira, 11 de maio de 2009

Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve

Desde pequena sou uma ‘trekker’, com direito a camiseta, livro da biografia de Leonard Nimoy (o Spock, na série) e horas montando modelos das naves, todas cheias de detalhes (incluindo fibra ótica para simular todas as janelas). Tudo culpa do meu pai, que diz que ser um ‘trekker’ não é uma escolha, é um dom.

Diante de todos esses fatos, é fácil deduzir que eu fui correndo assistir o filme Star Trek logo no final de semana de estréia. Assumo que fui ao cinema com medo de sair desapontada, mas não foi o que aconteceu. O diretor J.J. Abrams fez a lição de casa muito bem feita, correspondendo às exigências dos fãs e tornando o filme atraente para o público em geral. Com ousadia, o diretor criou uma história paralela à da série sem deixar que todo o sentido se perdesse.

Abrams implantou com maestria todos os elementos que tornam um filme atraente como comédia, romance e ótimos efeitos especiais.

Além disso, ele se manteve fiel a vários detalhes da série que são importantes como, por exemplo, os sons da cabine de comando da nave Enterprise 1701. Ele modernizou a história sem perder a tradição e homenageou outros filmes como Jornada nas Estrelas – o filme e Jornada nas Estrelas 3 (com a famosa frase: “eu sou e sempre serei seu amigo”).

A escolha dos atores foi muito satisfatória. Zachary Quinto, no papel de Spock, não decepcionou nem por um instante, Chris Pine arrasou na interpretação do mulherengo Kirk e Zoe Saldana foi muito bem escolhida devido a sua grande semelhança com Nyota Uhura na série. Destaque para Anton Yelchin no papel de Chekov e para Simon Pegg como Scotty. Foi delicioso acompanhar o encontro dos personagens quando jovens através da interpretação desses atores.

Abrams emocionou os fãs com a presença de Leonard Nimoy no seu (eterno) papel de Spock, anos mais velho. Impossível não se emocionar com a fisionomia e voz tão conhecidas de nós, fãs.

Como nada é perfeito, houve um grande tropeço do diretor criando um romance entre Spock e Uhura. Tentativa exagerada de humanizar o personagem.

Defeitos a parte, J.J. Abrams foi feliz na realização desse filme que abrirá portas para uma nova leva de ‘trekkers’.

Sem vergonha, assumo que chorei loucamente em boa parte do filme, em especial quando a Enterprise aparece pela primeira vez e no final, quando Nimoy narra a clássica: “O espaço. A fronteira final. Estas são as viagens da nave Enterprise em sua missão de explorar novos mundos, pesquisar novas vidas, novas civilizações. Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”.

Dá até pra dizer que senti aquela vontade de voltar no tempo e rever os episódios da série como se fosse a primeira vez.

Vida longa e próspera.

por Liz Khury

Um comentário:

  1. adorei seu texto liz!!! =D

    Confesso que quando fui ao cinema assistir fiquei com medo de não gostar do filme, por ser um genero que não tenho costume de ver.. mas, esse medo logo passou nas primeiras e o filme me conquistou.. adorei! =D

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