Quando pensamos na palavra divã, logo pensamos em depressão, loucura, desabafo, tratamento de dias ou anos, psiquiatra, psicólogo, análise. E, é em ritmo de desabafo que Lília Cabral nos conta todos os seus problemas no filme Divã.
A história é de uma mulher, Mercedez, de 40 anos, que abre mão de seus gostos, de seus prazeres, para levar uma vida normal e aparentemente feliz ao lado de sua família. Casada e com filhos, ela resolve procurar um psicanalista e acaba transformando a sua vida, para melhor.
Com direção de José Alvarenga, o filme é bem produzido e encanta a todos os espectadores. As cenas são bem dirigidas e os diálogos são bem construídos. Os usos da câmera em close em muitas cenas, e algumas vezes atrás da personagem dão um tom subjetivo ao filme. As situações cômicas e a interpretação, posso dizer aqui, perfeita de Lília Cabral, garantem boas risadas. E para os mais sensíveis algumas lágrimas.
Mercedez é um exemplo claro de que todos podemos mudar para ser feliz e de que nunca é tarde para nos conhecermos melhor, nunca é tarde para buscarmos a felicidade. É preciso deixar o medo de lado e dar o primeiro o passo. Mudar nem sempre é o pior, mas sim o melhor.
Enfim, recomendo!
Em tempo:
Quando se trata de cinema nacional, tem sempre aquele preconceito, de que filme produzido aqui é ruim, não é de qualidade, e blábláblá. É verdade que estamos longe de chegar ao nível de produções hollywoodianas, mas é cada vez maior o esforço para se fazer produções de grande qualidade, não só pelo roteiro, mas toda a parte de técnica. O Brasil vem evoluindo e toda essa evolução vale a pena acompanhar. Fica aí a dica.
Por Caroline do Prado
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