segunda-feira, 11 de maio de 2009

Vida Longa e Próspera à Enterprise

Começou a temporada de superproduções norte-americanas. Várias opções de filmes-pipoca invadem as telas do mundo todo, mas apesar da diversidade, tem algumas que é melhor descartar, como aqueles filmes produzidos apenas para os estúdios obterem lucro, dirigidos de forma burocrática e com roteiros imersos em clichês. Mas existem também boas opções de blockbusters. Posso dar exemplos de cineastas que se especializaram em fazer mais do que meros filmes-pipoca, realizando entretenimentos de qualidade: Bryan Singer, Sam Raimi e os velhos de guerra Steven Spielberg, Robert Zemeckis, James Cameron...

Felizmente, J.J. Abrams faz parte dessa lista.
O homem por trás do sucesso da telesérie Lost e do capítulo mais divertido de Missão Impossível se aventura, com muita coragem, pelo universo de Star Trek e para alívio dos fãs respeita o original e para os leigos apresenta um excelente entretenimento. Com certeza, um filme capaz de angariar novos fãs para a tão cultuada série.

Eu não sou uma Trekker (embora, ainda pequena, tenha assistido vários episódios pela televisão e acompanhado as primeiras temporadas quan
do essas voltaram a ser exibidas há algum tempo). Então temos nesse blog, a opinião de uma legítima Trekker Liz Khury (a.k.a. Penélope Cruz) e a opinião de uma quase-leiga ou curiosa no assunto como preferirem. Posso dizer, pelo que conheço dos fãs, que eles são aficionados e muito fiéis, por isso Abrams foi um corajoso ao assumir essa empreitada. Afinal, trata-se, de longe, de um dos mais famosos cults, que imprimiu sua marca em praticamente todos os níveis da cultura pop (televisão, cinema, literatura...) e que conta com uma legião de adoradores de fazer inveja a outros produtos do gênero. Mas o jovem cineasta conseguiu. Abrams se manteve fiel a fórmula responsável pelo sucesso da série, mas se permitiu ousar, ao criar, por exemplo, uma história paralela à da série ou mesmo ao utilizar a clássica Sabotage dos Beastie Boys na trilha sonora. Aliás, quando imaginávamos Beastie Boys como trilha de Star Trek?

O elenco foi muito bem selecionado. O confiante e cafajeste Capitão Kirk, outrora agraciado com as feições de Willian Shatner, agora ganha vida na pele do jovem Chris Pine que surpreende no papel. O frio Spock que se tornou clássico ao ser interpretado por Leonard
Nimoy, aparece aqui rejuvenescido, às vezes inseguro e até apaixonado, mas aprendendo a negar a emoção numa performance inspirada de Zachary Quinto. Interessante poder assistir não só à origem das personagens, mas também a evolução de seu relacionamento. Dois sujeitos que, a princípio não se suportavam pelas diferenças explícitas de personalidade, mas que acabam se tornando eternos amigos.
Os coadjuvantes são igualmente competentes. Scotty (Simon Pegg) funciona muito bem como o alívio cômico do filme, aliás são dele e de Kirk as melhores tiradas do filme. Anton Yelchin aparece como o russo Chekov e tem alguns momentos de herói improvável e Leonard Nimoy também dá as caras, não apenas para emocionar os nostálgicos, mas com consistência na história. Enfim, ótima construção de personagens.


Além do bom roteiro, o filme conta com um belo visual, efeitos especiais de primeira e empolgantes sequências de ação.
E os elementos sci-fi que encantavam os fãs da série ainda estão aqui: Viagens no tempo e espaço através de feixes de luz, realidades alternativas e as boas, velhas e barulhentas lutas e explosões espaciais que são muito improváveis, uma vez que o som não se propaga no espaço, portanto os mísseis e naves não deveriam emitir som... Bem, isso é o de menos, afinal pensar demais no que é coerente ou não, é tirar o grande barato de Star Trek. Abrams soube equilibrar muito bem momentos de tensão, ação, emoção e comédia. Garantindo ao público uma aventura dinâmica, inteligente, divertida e emocionante. Características que deveriam ser inerentes a todos os blockbusters do verão norte-americano.

Vida longa e próspera ao cinema de J.J. Abrams.

Por Andrizy Bento

4 comentários:

  1. mas que bela analise, guria. curti! e aah...esse filme é genial, a série é genial! e ah..os sons no espaço fazem parte do estilo da série mesmo. haha se ele tirasse seria um absurdo!!! beijo, sua chata

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  2. Graaande Andrizy...
    sou sua fã...
    aliás, tinha esquecido (q horror) de Sabotage...
    comoooo eu pude esquecer isso??? simplesmente incrível...eu curto essa música...eu sempre digo...trilha sonora é fundamental!
    Ei...vc esqueceu de dizer uma coisa mto importante...vc viu esse excelente filme com a minha pessoa...hahahah
    adorei a crítica Drizy...
    ;D

    Fer Serpa

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  3. Putz, tá todo mundo falando muito bem desse Star Trek novo. Não sou trekker e nem chego perto disso (sou da turma que prefere Star Wars), mas as críticas estão me deixando com água na boca. Abrams é um cara competente com material de entretenimento.
    Devo ver esse fds!

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  4. Também não sou trekker, mas adorei o filme.. confesso que até senti uma vontade de baixar e ver todos os episódios...

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