quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enfim a Cena da Cozinha...

Quando escolhemos o filme Volver, sabíamos que não escolheríamos as cenas mais fáceis de fazer, não teria graça. Escolhemos então a cena da cozinha e as duas cenas que a antecedem. Escolhemos porque é uma sequência importante. Escolhemos porque gostamos de desafio. E que desafio! Nada foi fácil. Encontrar uma cozinha que tivesse espaço suficiente para gravar foi difícil. Tanto que só decidimos na semana da gravação qual seria. Mas, enfim escolhemos.


Já passavam das nove e meia da manhã quando a Amanda chegou ao portal da PUC para nos pegar, eu, Liz, a Raimunda, e Marcos, o morto. Estávamos ansiosos pelo último dia de gravação. E também porque todos esperávamos pela cena da cozinha. Seria trabalhoso, sabíamos. Mas seria divertido. E foi!


Ao chegar à casa do pai da Marina, encontramos o restante do grupo. Começamos a arrumar as coisas. Tira mesa daqui e coloca em outro lugar, traz a mesa quadrada e põe a toalha igual a do filme, pega o tnt e corta para a cortina, sobe em cima da cadeira para pregar... Alguns minutos depois uma parte do cenário estava pronta. E pasme, ficou igualzinho ao filme!


Silêncio, hora da Liz gravar. Opa, para tudo a bateria estava acabando e não tínhamos outra... Tsc tsc. O que fazer?? As meninas saíram correndo para o laboratório, ainda bem que era ali perto. Enquanto elas iam, nós que ficamos começamos a gravar... Demorou um pouco... Mas depois dos últimos detalhes acertados, a Liz fez direitinho.


Meninas de volta, era hora do morto. A hora tão esperada. O primeiro passo era preparar o sangue. Ecaaaa!! Que nojo!! Misturamos ketchup, molho de tomate e um pouco de mel para dar consistência, afinal o sangue teria que grudar na faca – não grudou! Em compensação o cheiro era horrível! Passamos um pouco mal, mas sobrevivemos. Nossa, coitado do Marcos naquele frio teve que deitar de regatas no piso gelado da cozinha. Ficou um bom tempo lá. Mas depois tomou um banho quentinho para aquecer. =D


Grava daqui, ajeita dali, vê a cena milhões de vezes na câmera para fazer igualzinho. Os cortes eram muitos, os ângulos de câmera mudavam sempre. Repete, repete e repete. Para de dar risada. Não sei, mas era engraçado. A Liz não conseguia se controlar e nós também não. Enfim, gravamos tudo, do jeito que deu, do jeito que achamos que tinha que ser feito. Nos preocupamos com cada detalhe seja do figurino, do cabelo, da maquiagem, do cenário, até de cada fala. Queríamos tudo perfeito. Tudo o mais fiel possível ao filme. Ficamos horas, passamos o dia. Mas no fim deu tudo certo, e o trabalho foi recompensador. Acabamos com a sensação do dever cumprido.


A próxima etapa: a edição...


Por Caroline do Prado

2 comentários:

  1. Não quero nem imaginar o cheiro dessa mistureba do sangue aí... Hehhe!
    Ótimo trabalho pessoal!

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  2. ai nem imagine mesmo, se não vc passa mal! hehhehe

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