segunda-feira, 4 de maio de 2009

Divã: Para mudar é preciso dar o primeiro passo

Parece que a vida é mesmo um constante e ininterrupto momento de reflexão. Se pararmos para nos observar, percebemos facilmente que a todo instante estamos a fazer questionamentos sobre nossa condição e sobre os caminhos, muitas vezes inesperados, pelos quais a vida nos conduz. E parece ser justamente esse o ponto central para entender o sucesso que Divã vem fazendo nos cinemas de todo Brasil.

Dirigido por José Alvarenga Jr. e protagonizado pela versátil Lília Cabral, o longa trás a tona questionamentos que muitos de nós já fizemos ou um dia faremos sobre nossa existência.

Divã conta a história de Mercedes, uma mulher de meia idade cuja vida encontra-se aparentemente estabilizada. Ela é casada com o personagem de José Mayer, tem dois filhos e tudo indica que é muito bem resolvida emocionalmente. No entanto, todas essas evidências são destruídas quando ela sente que seu casamento está ruindo e decide procurar um analista. Lá, começa a questionar sua vida pessoal, profissional e seu poder de sedução. Sua melhor amiga Mônica, interpretada pela também “camaleoa” Alexandra Richter acompanha de perto as transformações de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas. É justamente nessa relação que está a parte mais emocionante da história. Uma amizade que transcende quaisquer diferenças e demonstra ser a única coisa indubitável da vida de Mercedes.

Inspirado na peça de Teatro e no livro homônimo de Martha Medeiros, o filme estreou em abril e antes mesmo de completar duas semanas em cartaz, já havia conquistado a liderança nas bilheterias brasileiras. O longa conta também com a participação de Reynaldo Gianecchini e Cauã Reymond, que talvez não consigam destacar-se na história devido à atuação extasiante de Lilian Cabral. Parece algo evidente que a função que ambos desempenharam foi a de atrair o mulherio às salas de cinema. Se esse foi o objetivo, confessemos, eles desempenharam, e com maestria.

Suposições ou interpretações a parte, a ideia que está contida nessa história é de que nada na vida é imutável ou previsível. Certamente uma brilhante e comovente produção aos olhos dos que se permitem enfrentar as mudanças e os desafios que a vida nos apresenta, afinal, para mudar é preciso dar o primeiro passo.




Por Claudia Guadagnin

Um comentário:

  1. ok o comentário. abrangente, com dados de produção, direção e narrativa.

    evite tantos adjetivos...ou tão enfaticos...
    atuação extasiante de Lilian Cabral/

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